Vencedor de 3 Oscar: Melhor direção de arte, melhor fotografia e melhor maquiagem...Merecia a de melhor filme também, mas enfim, as três estatuetas conquistadas não foram em vão. A fotografia de 'Labirinto...' é belíssima, mostrando dois mundos, um de fantasias e outro real, em plena guerra e ambos são assustadores.
A história nos leva no tempo de volta a 1944 em meio a guerra civil espanhola. O início do filme mostra Ofélia mudando-se com a mãe para o lar do padrasto, um sádico fascista que já mostra suas intenções já no começo da trama, onde após interrogar um homem, esmaga uma garrafa na cabeça do mesmo, uma cena bastante chocante, apagando completamente a possibilidade de vermos um conto de fadas infantil. A mãe de Ofélia está grávida e está bastante debilitada e requer repouso. Entre uma cena e outra, Ofélia conhece o tal fauno, onde revela a menina que ela não teria vindo do homem, ela seria então princesa Moana e que teria que passar por 3 provas para novamente assumir o trono sagrado de princesa.
A trama segue, as cenas em que a menina precisa cumprir suas provas são um primor técnico e um show que o diretor de fotografia promove a cada instante. Os efeitos especiais aparecem quando realmente são nescessários. Uma cena que me chocou muito foi a presença de um dos vilões mais legais que apareceram nos últimos tempo, o grotesco 'Homem Pálido', que apesar de ter somente uma cena, assusta bastante e é um dos pontos fortes do filme, entre tantas outras. O elenco também merece destaque, além da menina Ofélia, temos o já citado Capitão Vidal, que lembra bastante o oficial nazista Amon Goeth interpretado com maestria por Ralph Fienes em 'A Lista de Shindler', outro ponto positivo é a misteriosa Mercedez, cuja história vai sendo revelada aos poucos e tem uma conclusão satisfatória.
O Labirinto do Fauno talvez tenha consagrado de vez Guilermo del Toro como cineasta, já que del Toro está confirmado para dirigir 'The Hobbit', está em ótimas mãos.
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