domingo, 24 de março de 2013

Review Game: Tomb Raider

Agora sim, posso falar o que achei, do talvez, o game mais esperado de 2013, que já está nas mãos de todos os gamers que o esperaram, o apreciaram e tal. A essas alturas, a maioria se não jogou, já sabe tratar-se mesmo de um jogo incrível, divertido, onde a jornada de Lara Croft ganhou seu 'Begins', as notas acima da média que o digam. Mas falarei por partes, dos games antigos, do seu ápice, de suas falhas, sua primeira ressurreição nos games, até chegarmos a esse 'reboot', que está agradando até mesmo aqueles que não tinham muita paciência com os games de Lara Croft.

Eu nunca fui muito fã dos jogos clássicos, aqueles quadradões, cujo os gráficos feiosinhos já não empolgam mais. Mas para a época foram revolucionários e Lara Croft logo transformou-se à musa dos games. Continuações vieram aos montes, e o sucesso era avassalador a cada game lançado. Tudo chamava a atenção, as movimentações, estilo novo de jogabilidade. Sucesso no PC e no Playstation One, a série 'Tomb Raider' começou a dar sinais de desgaste quando chegou na geração seguinte. 'Tomb Raider: Angel of Darkness' (para PC e Playstation 2) foi massacrado pela crítica e pelos seus fãs, as aventuras de Lara Croft são vistas como coisas do passado.

No entanto, a redenção viria com os seguintes capítulos: 'Legend', 'Anniversary' e 'Underworld' para a atual geração. Todos trouxeram de volta as aventuras de Lara Croft como eram, coesas e divertidas e uma Lara Croft ainda mais sofisticada (se é que me entendem). Os games foram bem, as críticas foram generosas, mas faltavam novidades. Muitos games já haviam sido lançados, e as novidades inseridas não eram suficientes, as vendas declinavam ainda mais, deixando Lara como coadjuvantes nos games. A franquia precisava de uma mudança radical, algo que trouxesse de volta os velhos jogadores e arrebatar aqueles que faltavam.




Os primeiros anúncios que um reboot, dizia-se por aí tratar-se de um Survivor Horror, gênero quase instinto na atual geração. Mas aos poucos vieram novidades, e o melhor confirmou-se na E3 de 2011, com um fantástico teaser, fomos apresentados a uma Lara Croft muito mais jovem e inexperiente, a bordo de um navio, que misteriosamente naufraga em uma ilha desconhecida. Maiores informações começaram a pipocar nas nets da vida, e a cada aparição e trailers, mais esperanças eram depositadas no novo game da série, que agora passou a chamar-se simplesmente 'Tomb Raider', nada de 'Lara Croft's Tomb Raider', já que a principal crítica aos últimos jogos, sejam pelo fato de Lara Croft ficar mais conhecida que o próprio game. Falando em Lara, quantas mudanças. Adeus aos shortinhos, aos seios volumosos ou ao seu sarcasmo e aquela postura de heroína intocável e indestrutível. A nova Lara é muito mais humana, a começar pelo seu rosto, nada de carinha de boneca de cera, a nova Croft tem um rosto de menina mesmo, real. Além do realismo em sua feição, a agora jovem protagonista é insegura, chora, sua e enfrenta muitas dificuldades. Os produtores do game declararam que 'Tomb Raider' era inspirado em 'Cassino Royale' e 'Batman Begins', já se tratava da primeira aventura de Lara Croft.

Lançado em 05 de Março, 'Tomb Raider' prometeu e cumpriu, sucesso de crítica e público. As notas acima da média foram o suficientes para atrair o grande público. Em dois dias, 'Tomb Raider' vendeu 1 milhão de cópias, superando facilmente o antecessor, que precisou de um mês para chegar a esse mesmo número. Claro, que a boa campanha de marketing, o hype o ajudaram a alavancar, mas a curiosidade era mesmo grande. 




Eu o peguei, joguei e agora vamos ao que interessa. 'Tomb Raider' é mesmo tudo isso que estão dizendo? A resposta é SIM, com certeza trata-se de um game grandioso e fantástico, capaz de agradar a todos. Talvez agradar a todos seja sua pequena ressalva, deixando o game com um desafio mais reduzido, o obrigando a colocar em 'Hard', para experimentar um desafio mais elevado. É fato, que os games anteriores eram realmente desafiadores, os controles não eram exatamente precisos, e os eternos problemas de câmera, que foram verdadeiros pesadelos em 'Underworld', tornavam a jogatina mais complicada. Os puzzles eram sempre muito cabeludos, desagradavam a muitos, mas agradaram aqueles que adoravam passar horas tentando solucioná-lo. Os tempos mudaram, os gamers mudaram, o foco na ação é uma fonte mais fácil para alavancar as vendas de um produto. Em 'Tomb Raider', todos os problemas que judiavam do jogador nos games antigos foram resolvidos. Pular de um barranco para o outro dificilmente o levará a morte, como era bastante provável que acontecesse anteriormente. Os puzzles existem, mas são muito fáceis de serem solucionados, o que agrada os impacientes e desagrada os fãs mais radicais. Mas não se engane, nem tudo é tão fácil assim, o combate, antes visto quase como figurante na franquia, tem aqui um espaço muito maior e desta vez extremamente empolgante e satisfatório. Os inimigos possuem um inteligência artificial muito bem elaborada, por isso dificilmente você ficará abaixado num lugar esperando que inimigo pare de atirar. O desafio existe, mas nada cabeludo que faça o jogador irritado a ponto de largar tudo. Os produtores até parecem ter se esforçado ao máximo para agradar a todos, e conseguiram.

Os cenários são outro ponto forte do game, lindos e impressionantes, mostram que a essa geração ainda pode nos surpreender e muito. A jogabilidade, felizmente podemos dizer que também é outro ponto que nos agrada e muito. Podemos usar arco e flecha, escopeta, metralhadoras e sempre atualizá-las para surpreender nossos inimigos. A voz de Lara, que desta vez é feita pela atriz Camilla Luddington (Californication) é mais um ponto positivo para o game. A atriz consegue passar para a jovem Lara a emoção que se espera, e um ar de juventude de uma pessoa que, aos 21 anos está perdida e precisa se virar para sobreviver nesta ilha hostil.  Mas de uma pessoa com poucos recursos, logo nos deparamos com uma pessoa renovada, que parece determinada e superar o Rambo de qualquer maneira, chacinando sem dó seus inimigos com as armas que possui. Tudo é muito cinematográfico em 'Tomb Raider', sem tirar nossa diversão de caçar, mandar bala, correr, escapar de incêndios e muito mais.

Com a sua conclusão, fica aquele gostinho de quero mais. Não cheguei a jogar a polêmica versão Multplayer, visto para muitos como uma opção desnecessária. É fato, que a inclusão do mesmo é uma estratégia mercadológica, visto que estamos diante de um game focado no singleplayer. 

Embarque nessa viagem, 'Tomb Raider' veio para ficar, divertido e violento, a mais nova aventura de Lara Croft é impressionante em todos os aspectos. Suas pequenas e insignificantes ressalvas não diminuem nem um pouco a diversão. Futuro clássico.

Nota: 9,5

sábado, 23 de março de 2013

Classic Review: Pink Floyd - The Dark Side of The Moon

Há 40 anos atrás, 'The Dark Side of The Moon chegava às lojas do mundo inteiro. Onde viria a ser um dos álbuns mais importantes do século 20, que iria bater todos os recordes, vender milhões de cópias e, mesmo 40 anos depois, sendo uma obra consistente até os dias de hoje, sendo capaz de influenciar novas gerações de bandas. Claro que, igualar com a clássica obra do Pink Floyd ninguém ainda conseguiu e provavelmente não o conseguirá. Mas é fato que o Floyd conseguiu igualar-se com a obra mais importante e cultuada dos Beatles, 'Sgt.Peppers Lonely Hearts Club Band', mesmo que na mídia não se fale muito disso. Mas isso é papo para outro review e para outra hora.

'Dark Side of the Moon' foi mesmo muito celebrado, de vários formas possíveis, livros, documentários, inúmeros relançamentos e até mesmo uma versão ao vivo integral, onde os remanescentes o fizeram na turnê 'Division Bell', rendendo o álbum ao vivo duplo 'P.U.L.S.E.', então para um amante dos bons sons, para aquele que se diz apreciador de rock'n roll, é inadmissível não ter ouvido pelo menos 'Dark Side of the Moon'.

Todo mundo conhece as historias, do tema do álbum, capaz de render um debate bastante extenso e produtivo. 'DSMO' foi o álbum que colocou Roger Waters (baixo/vocal) como a principal mente do Pink Floyd, já que boa parte das ideias fantásticas vieram do mesmo. Mas musicalmente falando, David Gilmour com sua voz e seu talento inquestionável na guitarra é que fazem tudo ter sentido. Citar música por música é uma grande bobeira, já que todas (ou tudo seria uma só música?) são peças fundamentais do álbum. A escolha de 'Money' como single, foi para o simples fato do álbum ser mesmo descoberto, já que ele não foi feito para um fácil consumo, ou alguém que o ouviu sentiu vontade de sair por aí dançando?

Fãs, a crítica em geral louvam o trabalho de Waters e Gilmour e nem sempre se lembram de Richard Wright, o homem por trás talvez do momento mais intenso de toda obra, 'The Great gig in the sky'. Acho que só por compor algo tão fabuloso, Wright merecia ter o mesmo reconhecimento. Como não se lembrar de sua contribuição em 'Us & Them'? Me arrisco a dizer que, sem os teclados de Wright, provável que 'Dark Side...' não fosse assim tão fantástico como foi. Até mesmo o discreto baterista Nick Mason não passa batido com suas pequenas, mas significativas contribuições.

'The Dark Side of The Moon' apesar de ser um álbum simples, é ao mesmo tempo complexo em seus temas. É possível cantar junto cada música, emocionar-se com com cada momento vocal, instrumental. 'DSMO' foi o responsável por tornar o Rock Progressivo mais palatável ao grande público, foi o que tornou o gênero popular. Os seus temas, se você ainda não sabe, fala basicamente sobre nós, seres humanos, que podemos ter uma ambição cega (Money) ou viver em desespero, já que o tempo pode ser nosso maior inimigo. Claro que o álbum além de passear por temas que passamos em nossos cotidianos, 'DSMO' relembra o líder atormentado Syd Barrett, que iria ganhar uma homenagem mais clara em 'Shine On Oy Crazy Diamond' e 'Wish You Were Here'. Mas Barrett está em 'Brain Damage', onde o Pink Floyd reflete sobre o estado mental de seu ex-líder.

A icônica capa com o prisma e o arco-íris feita por Storm Thorgerson não poderia passar em branco, quarenta anos depois, essa capa enigmática ainda nos fascina e nos faz lembrar que devemos ouvir este álbum novamente. Foram mais de 40 milhões de cópias vendidas, não sei quantas semanas nas paradas de sucesso, isso sem mencionar o frenesi nacional que causou, depois que foi anunciado que poderíamos ouvir o álbum como trilha sonora do filme 'O Mágico de Oz', algo que nunca ficou muito claro para mim, mas enfim, vale pela curiosidade.

Tão importante quanto 'Sgt.Peppers...' ou qualquer álbum dos Beatles, 'The Dark Side of The Moon' segue sendo a obra mais completa do Pink Floyd, quando ainda eram uma democracia, álbuns incríveis viriam após, mas 'Dark Side...' continua sendo supremo em todos os termos, tanto em sua qualidade, em engenharia e pelo fato de ainda ser tão consistente. Se ainda não ouviu, faça um favor, corrija esse erro grotesco, e se deixe levar para o lado escuro da lua.

Nota: 10/10


domingo, 17 de março de 2013

Review: Johnny Marr - The Messenger

Johnny Marr, cultuado por bandas como: Coldplay, Oasis e Radiohead. Junto com Morrissey, foram responsáveis pelo sucesso absoluto do The Smiths nos anos 80. Lançaram álbuns memoráveis, entre eles 'The Queen is Dead'. Canções como 'This Charming Man', 'How Soon is Now?' continuam na memória dos fãs e dos admiradores dos bons sons.

No entanto, após o fim da banda e ascensão solo de Morrisey, demorou para que Johnny Marr enfim fizesse um disco solo. Fez parte das bandas The Crimbs, e em 2003 lançou seu primeiro disco solo, ao lado da banda 'The Healers', com o bom 'Boomslang'. Desde então o músico seguiu desmentindo possíveis reuniões com sua antiga banda, e Morrissey seguia conquistando o mundo com discos solos destruidores.

Eis então, que Marr retorna com 'The Messenger'. Apesar de não revolucionar, o novo álbum do guitarrista traz tudo o que um fã dos Smiths gostaria de ouvir, um rock honesto e simples, mas com o feeling certo. Falta muito hoje nas bandas e artistas em geral, honestidade e Johnny Marr tem de sobra em seu mais novo álbum. De cara, o título de melhor faixa está com 'The Messenger'. Maravilhoso de faixa a faixa, vale destacar cacetadas tipo: 'Generate, Generate', 'The Right thing right' e músicas que passeiam entre New Order e Smiths como: 'New Town Velocity' e 'European Me'.

Os vocais de Marr não são poderosos, mas eficientes, é notável que o músico tenta trazer os vocais de seu antigo parceiro dos Smiths para seu álbum, mas nada que comprometa. Musicalmente e instrumentalmente falando, 'The Messenger' também não deixa a desejar. Este é um dos álbuns que quanto mais se ouve, mais aprecia e surpreende-se com as faixas. É de se respirar aliviado com os discos de rock até agora, primeiro tivemos o ótimo 'The Next Day' de David Bowie, agora Johnny Marr entrega um álbum acima da média, capaz de agradar fãs e não apreciadores dos Smiths. 

Nota: 9/10

Review: New Order - The Lost Sirens

Um review tardio, porém válido, já que esse quase EP não ganhou a atenção que merecia. Mas antes de tudo, vamos explicar como a banda chegou até este ' The Lost Sirens'. Após o lançamento do álbum 'Waiting for the Sirens call' em 2005 (acompanhado de uma grande turnê), Bernard Summer (guitarra/vocal) anunciou que haviam sobras do álbum de 2005, e que iriam trabalhar nelas para um álbum futuro. No entanto, as tensões internas já estavam no limite, e o New Order acabou encerrando suas atividades. Summer formou o 'Bad Lieutenant'  (juntamente com o batera do NO Stephen Moris), enquanto o baixista Peter Hook prosseguiu como DJ e relembrando sucessos do 'Joy Division'. 

Porém em 2011, para a surpresa geral, o New Order anunciou shows beneficentes que logo tornou-se uma turnê (sim, o Brasil foi incluído). A grande baixa foi a ausência do baixista performático Peter Hook, que ainda mantinha (ainda mantém) suas diferenças com os integrantes da banda. Por outro lado, tivemos o retorno da tecladista Gillian Gilbert de volta aos teclados. Embora fosse difícil imaginar um New Order sem o baixo característico de Hook, a banda seguiu em frente, e anunciaram o lançamento de 'The Lost Sirens', álbum/EP lançado em Janeiro. Todas as 8 faixas são sobras do bom 'Waiting for the Sirens Call'. Ao ouvir as canções, fica difícil imaginar como algumas delas puderam ficar de fora, como é o caso de 'Recoil', uma pérola que podia muito bem estar no álbum original, no lugar das mornas 'Krafty' ou 'Dracula's Castle', vá saber né? 'Lost Sirens', ainda conta com outras maravilhas como: "Sugarcane", "Shake it Up", "I'll Stay With You" e mais uma vez "I Told you so" e a já conhecida 'Hellbent' (já incluída na compilação 'Total: From Joy Division to New Order).

Muito mais do que sobras, 'The Lost Sirens' traz canções incríveis, algumas delas superiores a canções do álbum de 2005. Vale muito conferir, os fãs do New Order não devem deixar de ouvir.

Nota: 9/10

sexta-feira, 15 de março de 2013

Review: David Bowie - The Next Day


Review CD: David Bowie - The Next Day
Nota: 10

No meio dos anos 90, quando a Internet começou a virar uma realidade, David Bowie foi um dos pioneiros da rede, seu site era um dos mais estilosos e informativos até então. No entanto, o seu retorno triunfal e imprevisível foi totalmente diferente de tudo o que se esperava. A mesma rede que tanto apreciou lá nos anos 90, levou uma baita de uma rasteira do músico britânico. Num mundo de redes sociais e sites fofoqueiros, que confirmaram o ‘Grande Irmão’ de George Orwell , Bowie conseguiu a façanha de esconder qualquer coisa em relação a seu novo projeto, algo impossível nos dias de hoje. Porém, nada, absolutamente nada vazou na internet. E tudo veio à tona em 09 de Janeiro deste ano, no aniversário de 66 anos de Bowie. Anunciado pelo filho do ‘Camaleão’, veio então o single ‘Where Are You Now?’, juntamente com o videoclipe e os primeiros detalhes de ‘The Next Day’, o primeiro álbum de David Bowie em quase 10 anos, desde ‘Reality’ em 2003.
As surpresas e as imprevisibilidades prevaleceram, a capa do álbum que parecia ser uma brincadeira ou algo provisório, confirmou-se sendo a capa oficial do seu novo álbum, um retângulo em branco com o título do álbum em cima da clássica capa do álbum ‘Heroes’, nos deixando a crer que estamos de volta ao túnel do tempo, mais precisamente, um álbum que nos remete aos tempos da trilogia de Berlim, onde saíram os sensacionais ‘Low’, ‘Heroes e ‘Lodger’.

Muitos já davam a carreira de David Bowie por encerrada, graças a alguns problemas de saúde que o obrigaram a cancelar algumas datas de sua última turnê.  Sua última participação em um show foi na casa de shows Royal Albert Hall, participando da ‘On In Island Tour’ de David Gilmour, cantando ‘Arnold Layne’, desde então, silêncio. Nem mesmo os 40 anos do lançamento do álbum ‘The Rise and Fall of Ziggy Stardust and Spiders from Mars’  tiraram Bowie do silêncio. Biógrafos já anunciavam que o enigmático artista já teria pendurado as chuteiras. Muitos deles terão que atualizar seus livros e também entender que Bowie é um artista imprevisível demais, não dá para prever absolutamente nada sobre ele, talvez seja isso que o torne ainda tão relevante e influente no meio musical, sendo capaz de ofuscar retornos da nova geração como Justin Timberlake (retornando a música, após cinco anos dedicados ao cinema) e Beyonce, que retornou ao grupo Destiny’s Child.


Mas vamos ao que mais interessa, ‘The Next Day’, é mesmo tudo isso que estão falando? Pois dizem ser o melhor álbum de Bowie em 30 anos, ou seja, em 1983, quando lançou o estupendo Let’s Dance. A resposta é sim, depois de 10 anos de ausência e a inesperada volta, Bowie também cumpre com um álbum incrível, para os que esperavam algo mais lento e melancólico como a já citada ‘Where are you now?” ficará surpreso. Temos uma boa porção de rocks certeiros, candidatos a futuros clássicos: “Love is Lost”, “Stars (Are Out Tonight)”, “Boss f me”, enfim, Bowie consegue mesclar rocks e músicas lentas com a exatidão que se espera de um álbum seu. As músicas que abrem o novo álbum, a faixa-título e ‘Dirty Boys’, apesar de boas, mais parecem uma boa banda de abertura para os aquecermos e, para depois apreciarmos a atração principal, quando o álbum realmente esquenta a partir de ‘Stars...’

Duvido muito que esse seja um recomeço para a carreira de Bowie. As chances de 'The Next Day' ser seu último registro são grandes, assim como a campanha de divulgação, onde já foi anunciado que não teremos turnês, tendo a possibilidade de um show. Claro, como tudo no mundo de Bowie é algo bastante incerto, podemos esperar de tudo. 

Para quem esperou por 10 anos por esse momento ou para quem já nem esperava mais, The Next Day traz um Bowie intenso como há muito não se via.

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