Eu não tive a oportunidade assistir ao original (que tinha Bela Lugosi entre os destaques), farei isso em breve, mas a julgar ao que vi, perdi muito em não ter assistido o remake de O Lobisomem. Li várias críticas positivas, apesar dos problemas na produção e da recepção fria nas bilheterias. Mas a produção comandada por Joe Johnston (Jurassic Park 3) surpreende com um belo filme de horror a moda antiga. Temos a mansão mal-tratada pelo tempo, os aldeões insanos por destruir o demônio que tem aterrorizado as aldeias, enfim, um remake nescessário de um personagem icônico que parecia enfraquecido, depois de produções descartáveis como: Amaldiçoados e Lobo.
A história traz Lawrence Talbot (Benicio Del Toro), um ator de teatro que está em plena excursão pela Inglaterra. Lawrence recebe uma carta de Gwen Conliffe (a sempre bela Emily Blunt), noiva de seu irmão. Na carta Gwen pede ajuda para encontrar o seu irmão desaparecido há dias. Ao chegar na velha mansão reencontra seu pai. Logo descobre que o irmão foi dilacerado por uma terrível criatura. Lawrence fica na Inglaterra para investigar os motivos de tanta brutalidade. Nas aldeias descobre-se que existe um Lobisomem aterrorizando as pessoas. Paralelamente, o inspetor Aberline (Hugo Heaving) é enviado para investigar o caso. Pronto, isso é tudo que você precisa saber. Qualquer palavra a mais será um spoiler bem sacana.
Eu espero muito que 'O Lobisomem' tenha o devido reconhecimento nos DVD's e que a nova geração tenha um pouco mais de interesse com um clássico. Tudo indica que teremos a febre dos lobisomens nos cinemas. Já foram anunciados remakes de 'Um Lobisomem americano em Londres' e de 'Grito de Horror' e esperamos que realmente aconteça. Mas voltando ao Lobisomem. Para os amantes de um verdadeiro clássico de época, definitivamente o filme lhe agradará, bem como a história que continua tão assustadora quanto há 69 anos atrás. Benício Del Toro, um ator que já mostrou toda sua competência em produções como: "Traffic' e '21 Gramas'.
Aqui mais uma vez ele mostra o quanto é um bom profissional. Anthony Hopkins, que apesar de estar no piloto automático faz algum tempo, ainda consegue manter firme sua postura elegante, mas é inevitável a saudade que temos dos tempos áureos do ator. A lindíssima Emily Blunt (Estrada Maldita) não tem muito destaque e a sua presença no filme é mais para fazer um par romântico com Lawrence. Enfim, as atuações estão todas corretas, mantendo o equilíbrio do início ao fim.
Algo que desagradou muito aos fãs do antigo filme, foi o fato do Lobisomem ser todo feito em CGI, quando eu soube também torci o nariz, mas ficou bacana sim, principalmente a cena final, que nos traz bons efeitos que não constrangem ninguém. Quem espera gore não sairá decepcionado, temos boas cenas de violência, não muitas, mas o suficiente para fazerem os fãs do gênero sorrirem. Não viu ainda? Faça o seguinte, quando o filme estiver nas locadoras, alugue-o sem pensar.
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