domingo, 4 de outubro de 2009

Eu recomendo: A Órfâ (The Orphan, 2009 EUA)

Quando vi o pôster de 'A Órfã' pela primeira vez achei tratar-se de uma mera cópia do clássico 'A Profecia' (The Omen, 1976) de Richard Donner. Existe uma certa influência, assim como podemos ver traços de 'O Anjo Malvado', o esquecido filme em que Macaulay Culkin interpreta uma criança do mal, ou seja, crianças sendo o mal puro não é coisa nova nos cinemas. Mas confesso que adorei esse A Órfã, tem suas falhas, mas suas virtudes conseguem superar qualquer deslize cometido pelo diretor espanhol Jaume Collet-Serra (A Casa de cera). A História começa com o casal Kate Coleman (Vera Farmiga) e John Coleman (Peter Sarsgaard). Kate acabara de perder seu bebê.


Após o luto, Kate decide então adotar uma criança para preencher o vazio, com a aprovação de John (o casal já possui dois filhos, Daniel e a menina surda Max). Depois de percorrerem pelo orfanato, John é atraído pela solitária Esther (a talentosa iniciante Isabelle Fuhrman). Bastante intrigado com a inteligência da menina, que pinta quadros com uma habilidade fora do comum e sua espantosa educação. Depois de 3 semanas, Esther é adotada e junta-se ao casal Coleman.
A princípio, Esther aparenta ser uma menina comum, desperta simpatia de Max, mas Daniel reluta uma maior aproximação de Esther e questiona o modo estranho de se vestir da garota. 'A Órfã' traz também a discussão de como pode ser difícil o trabalho de adoção, as mudanças notáveis que podem trazer as famílias.


Aos poucos Esther vai mostrando que não é exatamente a menina doce do orfanato, seu comportamento vai mudando, assim como seus problemas na escola. Surpreende a mãe adotiva com um palavreado, o fato vai deixando Kate aos poucos desconfiada e sua afinidade com Esther começa a declinar, porém o marido John recusa a acreditar em Kate e que um palavreado não tem nada de mais. Mas Esther começa a se tornar mesmo preocupante depois que sempre aparece envolvida em confusões, e seu passado guarda algo muito chocante e que sim, a algo muito, muito errado com a menina.


Podem esperar sustos e aquele velho reflexo no espelho, aquele clichê que as vezes incomoda e poderia ser evitado, mas nada que comprometa, já que o diretor consegue conduzir a história com sabedoria e a equilibrando, mas é inegável que para quem já assistiu a muitos filmes de suspense você possa se lembrar dos clássicos que citei no início deste review. Mas a descoberta de quem é a verdadeira Esther (não vou dizer, fiquem tranquilos) foi algo totalmente inesperado e deu um sabor de originalidade ao longa e sua conclusão é satisfatória.


O fato é que a atriz Isabelle Fuhrman fez um trabalho de gente grande e merece os aplausos, crianças talentosas não são de hoje, mas Isabelle interpreta sua personagem com segurança, inclusive quando é revelado quem ela é. Se a atriz continuar com boas escolhas podem ter certeza que veremos muito essa garota em bons filmes.

Nenhum comentário:

Seguidores

Ocean of noise: A cultura pop mim

Ocean of Noise

Minha foto
Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Renato Cunha 28 anos Propósito do blog: Mais um veículo dedicado ao mundo pop. Com minhas próprias palavras colocarei o que penso sobre a arte em geral. E-mail: renatornc@hotmail.com