Se você é daqueles fãs cinéfilos ferrenhos passa bem longe de 2012, pois o que você vai encontrar é somente efeitos especiais bombásticos, muita correria, irrealidade, acrobacias e puutz, piadinhas que incomodam. É incrível ver personagens tão idiotas, vendo o mundo desaparecer sob seus pés e ainda conseguem soltar piadinhas, algo realmente inacreditável. Mas se você não se importa com nada disso e está apenas querendo se divertir e se distrair, quem sabe você se divirta com esse 2012. Eu já não esperava uma trama que me emocionasse, já esperava exatamente o que ia encontrar, pois eu também gosto de me divertir, cinema antes de tudo é entretenimento. Portanto 2012 pode até ser divertido se você não for exigente.
A trama do filme é bem fraca e os personagens são apresentados apressadamente sem maiores preocupações, apenas para nos familiarizarmos com os mesmos. Vamos ao Script do filme então, não falarei em maiores detalhes, lhes apresentarei o protagonista da história. Jackson Curtis (John Cusak) é um escritor frustrado que trabalha de chofer de uma limosine e tenta reconquistar seus filhos e é aquela coisa boba, os filhinhos logicamente odeiam o pai e não estão nem um pouco interessados em acampar com seu velho. Curtis está divorciado de sua esposa, Kate Curtis (Amanda Peet) que mora com outro cara. Não precisa dizer muito, são eles que serão os heróis da trama e logo começa a correria.
O mundo começa a desaparecer, prédios casa e prédios são destruídos e as crateras no chão começam engolir toda a cidade da Califórnia e mundo. Jackson fará de tudo (mesmo!) para salvar sua família. Passarão por cenas tão inacreditáveis quanto absurdas. Em meio a toda catástrofe, sobra muito pouco para desenvolver uma história e exigir uma atuação melhor dos atores, já que o principal do filme é chocar ao máximo possível com as cenas de destruição. Até mesmo Rio de Janeiro é vítima e direto da Globo News podemos ver o Cristo Redentor caindo em pedaços e o povo carioca correndo em pânico. Até aê tudo ok. Irrealidade já era algo que já havia tomado o longa, mas eu novamente pensei: "Estou vendo um blockbuster", nada de ser tão chato.
Mas o que foi imperdoável foram algumas piadinhas totalmente fora de hora, se é que existiria uma brecha para discontração quando se o mundo que você conhece está sendo destruído, isso foi tipicamente 'Blockbusteriano' e incomodou bastante. Tudo bem, já tínhamos visto a mentirada circular pelas telas, mas precisa de gracinha? Custava ter pelo menos um compromisso com a seriedade? Aê já é demais. Fora o interesse romântico entre a filha do presidente Laura Wilson (Thandie Newton) e o geologista Adrian Helmsley (Chiwetel Ejifor) que fica óbvio desde o início que tudo vai acabar em beijinhos e abraços.
Mas claro, temos alguns pontos positivos além dos efeitos especiais de última geração. Danny Glover como o presidente Thomas Wilson traz uma certa credibilidade e seriedade a trama, sendo uma clara referência ao governo atual comandado por Barack Obama. Outro destaque é Woody Harrelson como o doidasso Charlie Frost, que já sabia que o mundo ia acabar antes de todos. Pena que não vai muito além disso. 2012 não chega ser um filme ruim, mas dificilmente irá virar um clássico do gênero, é improvável que isso aconteça, já que de novo apenas os efeitos mesmo, o restante do que acontece na trama nós já estamos carecas de saber como vai começar e acabar. Repito que serve apenas como um passatempo, e só.
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