Estava esperando o momento certo para reativar o blog Ocean of Noise, abandonado desde Janeiro. Eis que chegou o dia perfeito para atualizá-lo com o melhor do entretenimento mundial. Planeta dos Macacos foi algo que sempre me fascinou, desde a minha infância quando fiquei impressionado com o clássico ‘Planeta dos Macacos’ (1968) que tinha ninguém menos que Charlton Heston e Rody McDowell (o Peter Vincent de A Hora do Espanto) no elenco. Aquela conclusão onde o personagem de Heston é supreendido pela estátua da liberdade foi até hoje um dos mais surpreendentes finais de todos os tempos. Não me lembro muito das continuações, pretendo revê-las em breve. É impossível não citar a controvertida refilmagem de Tim Burton em 2001, que dividiu opiniões, principalmente a conclusão, que apesar de surpreender, não tem o mesmo impacto que o clássico de 1968. Logicamente que a tecnologia e as maquiagens eram superiores. Apesar dos pesares, o Planeta dos Macacos de Tim Burton foi uma boa refilmagem ou reimaginação com o próprio disse ser.
Dez anos depois chega aos cinemas ‘Planeta dos Macacos: A Origem’, uma espécie de prelúdio não oficial. Confesso que não esperava muito do novo filme dos macacos, mas ao assistir o primeiro trailer, queixos foram ao chão e colocou minhas expecativas a mil. O filme ficou duas semanas em primeiro lugar entre os mais vistos nos cinemas americanos e as boas críticas foram aumentando. Ao assistir no cinema, minhas expetativas não só foram superadas como ‘Planeta dos Macacos: A Origem’ é até agora o blockbuster mais legal e divertido do ano. Traz uma boa história, efeitos especiais que podem ser a última palavra em tecnologia. Andy Serkins, que ficou famoso como o personagem Golum em ‘O Senhor dos Anéis’ e para os gamers com o game ‘Enslaved: Oddysey to the West’, traz aqui sua melhor performance até então. Usando os mesmos recursos que em ‘Avatar’, Serkins simplesmente deu vida a César, com expressões que vão de dócil a fúria incontrolável. Serkins e todos envolvidos na parte técnica do filme merecem um Oscar pelo trabalho impecável.
Se o elenco de macacos é impressionante, o mesmo não pode ser dito do elenco de humanos. James Franco é um ator de poucos recursos, fato já comprovado na trilogia de ‘Homem Aranha’, apesar do bom trabalho em ‘127 Horas’, porém nada digno de Oscar. Freida Pinto (A Latika de Quem quer ser um milionário) faz o par romântico com Franco, e é igualmente fraquinha, sendo mais um rostinho bonito. John Litthgow como o pai de Franco, até se esforça mas não tem tempo o suficiente para desenvolver melhor o seu personagem. No geral isso não compromete nem um pouco o filme, já que a união de uma boa história com efeitos impecáveis, fazem de ‘Planeta dos Macacos: A Origem’ o blockbuster do ano. Desafio os que virão a serem tão divertidos e consistentes como esse.
Nota: 9,0
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