Infelizmente não tive a chance de assistir ao vivo ao show de reencontro (único) do Led Zeppelin em 2007, no 02 Arena em Londres. Durante 5 anos ficou apenas a curiosidade de como foi uma das mais esperadas reuniões do Rock'n roll. Muitas dúvidas pairavam no ar. Estaria a banda ainda arrebentando depois de tantos anos? Jason Boham, o filho do homem seria mesmo a escolha ideal para a esperada noite? Durante esses anos, tivemos que nos contentar com um bootleg horroroso, que não dava quase nenhuma noção do que rolou no 02 Arena, tanto que rejeitei qualquer material com qualidade inferior.
Mas enfim, o lançamento do concerto em DVD-Blu-Ray foi oficializado pela banda. Cinco anos depois felizmente poderíamos colocar às mãos em algo que apenas poucos felizardos puderam apreciar naquela noite histórica. Batizado de 'Celebration Day', o filme com o espetáculo, trazia Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones pela primeira vez, desde a infeliz apresentação no 'Live Aid' em 1985. E sim, a banda conseguiu se redimir do constrangimento e realizou um show hipnótico, desde seu início com 'Good times, bad times', até seu término, com 'Rock'n roll'.
Os integrantes remanescentes esbanjaram talento e um entrosamento como se nunca tivessem parado de se apresentarem juntos. Tudo bem, Robert Plant já não tem toda a potência vocal dos tempos antigos, mas está melhor do que andaram falando por aí, continua com sua categoria de sempre, o que é uma ótima coisa. Jimmy Page, continua fantástico, suas aulas guitarrísticas continuam com força total, assim como suas caras e bocas numa performance matadora. John Paul Jones, o músico mais discreto, continua sendo o mesmo virtuoso que sempre foi, Oras no baixo e oras nos teclados. Enquanto a Jason Bohan, filho do falecido John? A grande surpresa é que ele é mesmo tão talentoso quanto Boham pai. É de imaginar, que o velho pai tenha aplaudido emocionado no céu vendo o filho assumindo seu lugar com tanto estilo e paixão.
São 16 músicas no repertório, entre eles "Black Dog", "Whole Lotta Love", "The Song Remains the same", "No Quarter" e sim, a noite foi tão memorável que a banda tocou a clássica "Stairway to Heaven". Os poucos poréns não estragam o brilho do concerto, mas bem que poderia ter alguns extras, coisas básicas como: Depoimentos, ensaios, essas coisas, ou até mesmo legendas nas canções. Mas tudo bem.
O evento que trouxe o Led Zeppelin de volta, foi em homenagem Ahamet Ertegun, fundador da Atlantic Records, que havia falecido um ano antes. O show foi uma maneira de os membros dizerem um muito obrigado ao cara. Nós fãs, que nunca tivemos a chance de ver um show do Zeppelin nos dias de hoje, agradecemos em dobro, principalmente a Jason Boham, que tornou esse sonho verdadeiro. Os deuses do Rock ainda continuam conosco - The Songs Remains the Same.
Nota: 10/10
sábado, 29 de dezembro de 2012
CD Review: Rolling Stones - Grrr
O papo ainda é Stones. Coletânea não é novidade quando a banda comemora algo. Em 2002 foi a ótimo CD duplo 'Forty Licks', e agora o triplo 'GRrRr', que desta vez chega muito perto de ser a coletânea de sonhos, perdendo o título graças a ausências imperdoáveis de hinos como: "Shine a Light" e "Loving Cup". Mas em compensação, prepare-se para ouvir preciosidades como: "Come on", "Little red booster", ambas dos primórdios dos Stones.
Claro, os clássicos obrigatórios: "Satisfaction", "The Last time", "Brown Sugar", "Miss You", "Start Me Up", "You got me rockin' estão todas lá, junto com tantas outras. Como se fosse pouca coisa, os Stones nos brindam com duas novas e excelentes músicas: A já conhecida "Doom and Gloom" (com videoclipe bombástico) e "One more shot"
Para quem estiver com preguiça de ouvir os muitos álbuns da banda, essa longa compilação vai lhe dar boas horas de puro rock'n roll, com os mestres do gênero.
Nota: 9/10
Claro, os clássicos obrigatórios: "Satisfaction", "The Last time", "Brown Sugar", "Miss You", "Start Me Up", "You got me rockin' estão todas lá, junto com tantas outras. Como se fosse pouca coisa, os Stones nos brindam com duas novas e excelentes músicas: A já conhecida "Doom and Gloom" (com videoclipe bombástico) e "One more shot"
Para quem estiver com preguiça de ouvir os muitos álbuns da banda, essa longa compilação vai lhe dar boas horas de puro rock'n roll, com os mestres do gênero.
Nota: 9/10
Review: Rolling Stones - Crossfire Hurricane
Nesse ano os Stones comemoram seus 50 anos de estrada, vários projetos foram anunciados, entre eles logicamente, uma turnê. No entanto, Jagger e cia decidiram inicialmente adiar algo maior para 2013, mas acabaram realizando alguns concertos na Europa e nos EUA, com o êxito de sempre, trazendo os Stones clássicos de volta. Entre os projetos, estavam a coletânea 'GRrR' (que falarei aqui também) e o filme 'Crossfire Hurricane'. O documentário foi exibido recentemente pelo canal à cabo HBO, e trata-se de algo obrigatório para os fãs dos Stones. Desde '25x5' os fãs da banda esperavam um novo documentário dos Stones, eis aí 'Crossfire Hurricane', que chega como um furacão.
O documentário passo a limpo toda a carreira da banda, mostrando várias cenas inéditas de bastidores, cenas de shows diversos, momentos históricos da banda, com depoimentos dos próprios Stones.
O filme será lançado em DVD num futuro próximo, fãs de Rock'n' Roll não devem perdê-lo por nada. O único defeito é não ser longo o suficiente, principalmente quando trata-se de 50 anos de historia, perdendo então uma notinha.
09/10
O documentário passo a limpo toda a carreira da banda, mostrando várias cenas inéditas de bastidores, cenas de shows diversos, momentos históricos da banda, com depoimentos dos próprios Stones.
O filme será lançado em DVD num futuro próximo, fãs de Rock'n' Roll não devem perdê-lo por nada. O único defeito é não ser longo o suficiente, principalmente quando trata-se de 50 anos de historia, perdendo então uma notinha.
09/10
Review: Holy Motors
esde quando foi anunciado, Holy Motors me chamou a atenção, principalmente por nos remeter ao mundo fantástico de David Lynch, e todo seu surrealismo que aprendemos a amar com produções antológicas como: “Veludo Azul”, “Erasehead”, “Cidade dos Sonho” e a série “Twin Peaks”. Com o trailer ficou uma boa impressão de que teríamos algo parecido com esse mundo fascinante.
Dirigido por Leo Carax (Tokyo), ‘Holy Motors’ é aquele tipo de filme que quando termina, além de não entender absolutamente nada, você questiona se gostou ou não. Eu sou um desses que ainda não sabe se realmente apreciou o que foi visto. Esteticamente ele é impecável, o mundo fascinante de Lynch aparece em alguns momentos, mas é uma pena que isso vem acompanhado do estilo produção francesa, ou seja, não é cativante, às vezes soa até entediante, me perdoem aqueles que gostam de cinema francês, mas tirando o ótimo ‘Intocáveis’, não conheço muitas produções francesas que me agradaram.
Recomendo para o mínimo possível de pessoas, porém agradará os cinéfilos de plantão.
Dirigido por Leo Carax (Tokyo), ‘Holy Motors’ é aquele tipo de filme que quando termina, além de não entender absolutamente nada, você questiona se gostou ou não. Eu sou um desses que ainda não sabe se realmente apreciou o que foi visto. Esteticamente ele é impecável, o mundo fascinante de Lynch aparece em alguns momentos, mas é uma pena que isso vem acompanhado do estilo produção francesa, ou seja, não é cativante, às vezes soa até entediante, me perdoem aqueles que gostam de cinema francês, mas tirando o ótimo ‘Intocáveis’, não conheço muitas produções francesas que me agradaram.
Recomendo para o mínimo possível de pessoas, porém agradará os cinéfilos de plantão.
Review: Aqui é o Meu Lugar
Não lembro exatamente quando esse filme estreou nos cinemas, nem nada. Mas quando chegou na locadora, um pôster trazia Sean Penn onde parecia um travesti, claro que veio a curiosidade em conferi-lo, mas segui a vida. Um dia estive na locadora (sim, eu ainda vou à locadoras) e me deparei novamente com este filme e vi que ele se chama ‘Aqui é meu lugar’. Como o rapaz que atende parecia bastante disposto a falar sobre filmes (coisa rara), ele me faz um breve resumo da curiosa produção, enfim, foi quando decidi alugar o tal filme.
A historia Chayene (Penn, excelente), que faz um roqueiro típico do anos 80, cujo o visual lembra Robert Smith do The Cure e seu jeito todo lesado nos remete a Ozzy Osbourne. Chayene fazia rock deprê, no entanto decidiu encerrar suas atividades depois que dois de seus fãs se suicidaram. O grande barato de ‘Aqui é meu lugar’ é o fato de não ser uma produção depressiva, nem forte, nem nada, ele é até engraçado em vários momentos, um personagem totalmente sem noção. Sean Penn está mais inspirado do que nunca. Cheyene numa espécie de descobrir a si mesmo, passa a pegar a estrada para pegar um velho nazista que humilhou seu pai judeu, a ideia é matá-lo. Claro que teremos vários momentos Road movie, onde ele encontrará algumas pessoas e interagir com as mesmas, sempre com aquele jeito lesadão.
O filme foi uma grata surpresa, recomendo para aqueles que querem fugir do trivial e encarar uma produção mais ousada.
Nota: 8,5
Não lembro exatamente quando esse filme estreou nos cinemas, nem nada. Mas quando chegou na locadora, um pôster trazia Sean Penn onde parecia um travesti, claro que veio a curiosidade em conferi-lo, mas segui a vida. Um dia estive na locadora (sim, eu ainda vou à locadoras) e me deparei novamente com este filme e vi que ele se chama ‘Aqui é meu lugar’. Como o rapaz que atende parecia bastante disposto a falar sobre filmes (coisa rara), ele me faz um breve resumo da curiosa produção, enfim, foi quando decidi alugar o tal filme.
A historia Chayene (Penn, excelente), que faz um roqueiro típico do anos 80, cujo o visual lembra Robert Smith do The Cure e seu jeito todo lesado nos remete a Ozzy Osbourne. Chayene fazia rock deprê, no entanto decidiu encerrar suas atividades depois que dois de seus fãs se suicidaram. O grande barato de ‘Aqui é meu lugar’ é o fato de não ser uma produção depressiva, nem forte, nem nada, ele é até engraçado em vários momentos, um personagem totalmente sem noção. Sean Penn está mais inspirado do que nunca. Cheyene numa espécie de descobrir a si mesmo, passa a pegar a estrada para pegar um velho nazista que humilhou seu pai judeu, a ideia é matá-lo. Claro que teremos vários momentos Road movie, onde ele encontrará algumas pessoas e interagir com as mesmas, sempre com aquele jeito lesadão.
O filme foi uma grata surpresa, recomendo para aqueles que querem fugir do trivial e encarar uma produção mais ousada.
Nota: 8,5
A historia Chayene (Penn, excelente), que faz um roqueiro típico do anos 80, cujo o visual lembra Robert Smith do The Cure e seu jeito todo lesado nos remete a Ozzy Osbourne. Chayene fazia rock deprê, no entanto decidiu encerrar suas atividades depois que dois de seus fãs se suicidaram. O grande barato de ‘Aqui é meu lugar’ é o fato de não ser uma produção depressiva, nem forte, nem nada, ele é até engraçado em vários momentos, um personagem totalmente sem noção. Sean Penn está mais inspirado do que nunca. Cheyene numa espécie de descobrir a si mesmo, passa a pegar a estrada para pegar um velho nazista que humilhou seu pai judeu, a ideia é matá-lo. Claro que teremos vários momentos Road movie, onde ele encontrará algumas pessoas e interagir com as mesmas, sempre com aquele jeito lesadão.
O filme foi uma grata surpresa, recomendo para aqueles que querem fugir do trivial e encarar uma produção mais ousada.
Nota: 8,5
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