segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Review Game: Splatterhouse (Xbox 360)


Que saudades dos bons e velhos beat’n up que fizeram história nos arcades e nos consoles de 16 bits nos anos 90. Entre vários games do gênero que causaram frenesi devido a forte violência foi o clássico ‘Splatterhouse’, que estreou nos árcades em 1988. Na história trazia o jovem Rick Taylor, que depois de entrar numa mansão a procura pelo seu professor, acaba tendo sua namorada Jennifer Willis seqüestrada. Como um jovem franzino, Rick não tem chances contra criaturas sanguinárias que habitam essa mansão dos infernos.

Então uma máscara que saiu sabe lá de onde aparece e oferece ajuda a Rick, que se ele a puser em seu rosto ela o ajudará a salvar Jennifer e até que ela fica confortável em seus braços, Rick terá que ficar com a máscara incômoda. Ao colocar a máscara mágica, Rick transforma-se num verdadeiro Hulk, começando então sua jornada sangrenta. O jogo fez sucesso e sua violência extrema fez com que começasse a censura nos games. Em 1991, a série foi parar nos consoles, ‘Splatterhouse 2’ e ‘Splatterhouse 3’ continuaram a tour pela mansão maldita e muito sangue jorrou no Mega Drive. Mas pararam por aí, nunca mais tivemos notícias de um novo game de Splatterhouse e Rick e sua máscara (bastante semelhante a do Jason) repousaram por um bom tempo.



É fato que são raríssimos os jogos de 16 bits que retornam na geração atual que sejam interessantes. Desastres apareceram, coisas do tipo ‘Project Altered Beast’ para o Playstation 2 e ‘Golden Axe: Beast Rider’ para Xbox 360 que feriram o legado de franquias consagradas, uma pena. Mas tem um bom exemplo de uma franquia antiga que voltou com estilo, que é o caso de Prince of Persia, ganhando uma versão para o Playstation 2 e boas seqüências vieram, até a geração atual ganhou alguns jogos do príncipe. Para o Xbox Live tivemos ainda as releituras de ‘Turtles in time: Re-sheled’ e do primeiro game, que alguns não gostaram. Eis então que chegamos ao remake de ‘Splatterhouse’, ou como nos filmes, prefiro dizer que é uma reimaginação, já que o game é em 3D, apesar de alguns momentos em 2D. O que dizer do novo Splatter...Bom? Puta que pariu, é bom pra porra, nunca me diverti tanto em um game. Quem espera referências elas estão todas lá, como eu disse, há momentos em 2D e aqueles momentos de pular de um barranco para o outro e de espinhas que vem do chão nos matam as saudades dos velhos tempos. A história é a mesma, só que com algumas tiradas mais hilárias. A máscara, que sempre tive curiosidade para saber sua voz, aqui fala pelos cotovelos e enche o game com piadinhas infames que acabam sendo bem divertidas. A trilha, que eu suspeitava que seria apenas com bandas de metal, acabou virando uma mescla entra climas com sons sinistros e quando o pau come então começa as bandas de metais, colocando mais adrenalina na carnificina. 


Outro detalhe é Jennifer, a namoradinha do Rick, antes parecia um anjo ou um espírito, sei lá. Na versão Xbox 360 (também para Playstation 3) a adorável Jennifer é uma gostosona peituda e quando é seqüestrada pelo maléfico (e desbocado) professor Henry West grita pelos cotovelos, até a aproximada de câmera a lá ‘Massacre da serra elétrica’ está presente. O sistema de combate é bem semelhante ao ‘Enslaved’, também da Namco, só que ao invés de um bastão, você desce o cacete com o próprio punho mesmo e puutz, a porradaria é geral, tem tanto sangue que chega espirrar na tela. É possível agarrar e jogar os inimigos no chão fazendo-os estourar e também a possibilidade de fazer um fatality, onde você pode arrancar braços ou até parte do corpo dos bichos, também é possível jogar os inimigos na tela com golpes. Armas podem ser coletadas, uma bazuca também faz parte e o melhor, a serra elétrica, que causa danos consideráveis nos inimigos, transformando Splatterhouse numa verdadeira carnificina, deixando a trilogia original com cara de jogos de Sonic...Aliás, falando nos jogos clássicos, um grande presente para os puristas, todos os três podem ser desbloqueados conforme você avança no game. 


Entre os extras, ainda podemos desbloquear cenários novos no ‘Survival Arena’ e o mais interessante, coletar fotos íntimas de Jennifer (sim, com peitos à mostra e tudo). Splatterhouse é isso, um verdadeiro Thrash no melhor sentido da palavra, um quase terrir desprentecioso que diverte do primeiro ao último inimigo derrubado. Alguns poderão achar a ação um pouco repetitiva, mas para quem procura se desestressar, Splatterhouse é o seu game.Curiosamente, Splatterhouse não agradou os principais sites relacionados a jogos como o IGN e o Gamespot, ambos deram a nota 4,5. Acho que o motivo da nota é porque não existe um modo multiplayer, que deixa tantos críticos excitados. Fica a dica para os produtores da Namco, se houver um Splatter...2 e quiserem agradar aos críticos chatos de plantão, coloquem um sistema online para deixar esses caras mais felizes e serem mais generosos na nota e deixar o mimimi de lado. Mas para fãs e para quem procura uma dose de sangue e diversão, corra atrás e jogue Splatterhouse.

 Lógico, o game não é perfeito de jeito maneiro, alguns momentos a jogabilidade traz alguma falha, a história não é fantástica, mas é bem conduzida, porém os gráficos surpreenderam, não que sejam de última geração, mas eles são bons e ficaram acima do que eu esperava. Mais um belo trabalho Namco, que venham mais aventuras sangrentas de Rick e sua tagarela máscara. O fim dá espaço para um novo game, tomara.

Nota:  8,5





















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Renato Cunha 28 anos Propósito do blog: Mais um veículo dedicado ao mundo pop. Com minhas próprias palavras colocarei o que penso sobre a arte em geral. E-mail: renatornc@hotmail.com